domingo, 6 de outubro de 2013

#009. Nos arredores de Muro Alto – parte III

Vou resumir neste post os passeios e as experiências que tivemos no 3º, 4º, e 5º dia de passeio, respectivamente terça, quarta e quinta-feira e para começar, vou falar de uma coisa que eu amo: café da manhã!

Na minha humilde opinião, viagem gostosa começa pelo café da manhã. Quando viajo para as cidadezinhas da região, minha primeira expectativa é encontrar um local onde eu possa tomar um café inesquecível....se isto se concretiza, valeu a pena todo o resto da viagem.

Em Pernambuco não ficamos perambulando atrás de padarias, ou cafés pelo simples fato que fazíamos esta refeição no hotel mesmo. Para meu deleite o café era servido com tapiocas de leite condensado e coco! Irresistível a ponto de que apreciar este sabor virou um ritual em todos os dias que estive em Pernambuco.
 
Tapiocas sendo preparadas
Voltando aos roteiros, na segunda-feira quando chegamos da Praia de Carneiro, fomos conhecer a Vila, ou seja, o centrinho que dá acesso à praia de Porto de Galinhas (10 km de Muro Alto). Neste dia, não nos aventuramos em nenhum entretenimento gastronômico – queríamos mesmo era ver as lojinhas e comprar souvenires.

Aqui começa uma experiência ruim do local, muitos vendedores ambulantes oferecendo passeios. Você não consegue andar sem ser abordado por pessoas que querem te vender mergulhos, pacotes turísticos, opções de jantar etc.

Enquanto aguardávamos um taxi, veio um jovem, até que gentil e talentoso para vendas. Ofereceu vários passeios e criticou as práticas de preço dos serviços contratados pelas agências de turismo. Prometeu os mesmos passeios por um valor bem mais econômico do que os pacotes comercializados pela agência receptiva. Concordando com alguns aspectos comentados pelo jovem e com a finalidade de conhecermos os arredores da Praia de Muro Alto, contratamos um passeio de buggy para o dia seguinte.

Nossa sorte foi não ter adquirido outros pacotes, pois quando o taxi chegou, o motorista nos alertou que os passeios comercializados ali não eram tão seguros quanto das agências receptivas e que deveríamos ter cautela. Explicou também que alguns passeios oferecidos pela agência receptiva não fariam sentido devido à maré baixa.
 
Mais uns minutos de conversa e ficou evidente que estávamos sendo lubridiados tanto pelo garoto, quanto pela agência receptiva. (Aqui fica uma lamentação da minha parte para quem faz a gestão do município. A região está longe de ser organizada para acolher o turista. O que você vê é um monte de gente querendo seu dinheiro, sem se preocupar com a sua satisfação e com seu possível retorno à região). Mas ficar estressada não era meu objetivo, então abrimos mão de algumas ofertas, mas resolvemos manter o passeio de buggy.

Contratamos o “bugueiro” para fazer o seguinte percurso: Praia de Muro Alto, Praia de Cupê, Porto de Galinhas, Praia de Maracaípe e Praia do Pontal de Maracaípe. Saímos do hotel às 15h e nossa primeira parada foi na Praia de Muro Alto, compartilhamos o passeio com outro casal que conhecemos na região.

O transporte de buggy não é nada seguro, o carro não tem equipamentos de segurança e o motorista também exagerava na velocidade, mas a beleza do local se destaca e minimiza estas percepções negativas.

A praia de Muro Alto é linda em toda sua extensão, conseguimos avistar várias espécies de peixe em suas ondas, e continuamos nosso trajeto com destino a ir conhecer o berçário de cavalos-marinho que fica em Pontal de Maracaípe.

Como ficar estressado num lugar destes?
O buggy te deixa 40 minutos no local para que você possa encontrar um “jangadeiro” para o transporte nas águas de um “braço de mar” que é abriga um berçário de cavalos-marinhos, bem como um manguezal com diversas espécies de caranguejos.

É um passeio exótico, em águas calmas. O que chama a atenção é o bom humor dos jangadeiros que disputam entre si a localização dos bichinhos. Feito isto, hora de voltar para o hotel. Este passeio de buggy tem umas duas horas de duração, é bem baratinho comparado à outras opções, mas vale a pena fazer pela exoticidade dos caminhos.


Na busca do cavalo marinho

Eu encarando o siri!

Fim da terça-feira. Na quarta-feira tiramos o dia para aproveitar da hospitalidade do hotel. Entre piscina, caminhada e umas caipirinhas de Pitu, descansamos e fotografamos belas fotos.

Renovados, fomos finalmente passar a quinta-feira na Praia de Porto de Galinhas. Fomos cedo e de táxi, pois para conhecer as piscinas naturais é preciso consultar as tábuas das marés, avaliando os melhores horários onde a maré esta baixa a ponto de mergulhar ou simplesmente observar os arrecifes.
 
Praia de Porto de Galinhas e jangadeiros à espera dos passeios para às piscinas naturais
Chegamos ao local e contratamos mais um jangadeiro para nos levar para conhecer as piscinas. A jangada é necessária para evitar que se machuquem os pés, pois as águas são rasas e transparentes, mas o solo é formado por arrecifes e abriga fauna marinha.

Enquanto a jangada vai sendo levada, é possível ver vários peixinhos passando embaixo da embarcação. A sensação é que estamos navegando dentro de um aquário. Uns 15 minutos neste trajeto e a população de peixes aumenta. Hora de descer – chegamos numa piscina natural, onde é possível mergulhar junto com os peixes.
 
Bem acomodados na jangada
Neste passeio é indispensável levar máquina fotográfica e chinelo. Vá preparado para se divertir, pois tudo é encantador. Os jangadeiros por sua vez merecem ser reconhecidos, são pessoas hospitaleiras que acolhem muito bem os turistas e cobram um preço justo por seus serviços.
 
E vamos dar comida aos peixes!
Muitos peixes!!!
 
Depois deste passeio inesquecível resolvemos passar o dia na praia de Porto. Ao contrário de outros lugares, a intervenção de ambulantes é exagerada. Primeiro você precisa alugar seu espaço na praia – ou seja – paga-se por ter direito a uma cadeira para desfrutar da sombra e o pior é que mais uma vez te cobram por serviços não inclusos – como exemplo toaletes.
 
Vista da Praia do ponto de vista das piscinas naturais
 
Ao se acomodar nas cadeiras, prepare-se para o mar sem fim de gente que irá abordá-lo na expectativa de vender lhe algum produto: são ofertas de comidas típicas, artesanato, repentistas, crianças pintando azulejos, fotógrafos etc... Chega uma hora que a paciência se finda, mas é como eu costumo dizer – precisa viver para ter história para contar!




Nem as crianças escapam do comércio ambulante
 
 

#008 Nordeste – Praia de Carneiros - parte II

De todos os lugares que conhecemos em Pernambuco o que mais retratou as belezas do Nordeste foi à praia de Carneiros. Se você for à Porto de Galinhas e não se programar para ir neste paraíso, se lamentará para o resto da vida.

Fomos conhecer o local em plena segunda-feira. Talvez tenha sido a segunda-feira mais linda da minha vida. A Praia de Carneiros fica em Tamandaré. Está a 113 km de Recife e uns 80 km de Porto de Galinhas. Adquirimos o passeio com a Lucky Receptivo que organiza os  pacotes turísticos.

Pensa em uma praia com areia branca, mar azul turquesa, uma linda orla de coqueiros ... e soma-se a isto águas tranqüilas e quentinhas (isto é um ponto forte do local, pois já tive oportunidade de conhecer algumas praias de Santa Catarina, mas não consegui ficar na água – acho que as correntes marítimas vinham da Patagônia – risos)!
 
Primeira visão da Praia de Carneiros


Passeio de charretes para as crianças - até o bichinho se protege do sol!

O melhor desta praia é que fica longe da especulação comercial dos ambulantes. No tempo em que ficamos ali apenas, um vendedor veio nos oferecer “colares com pedras preciosas”. O mais engraçado é que ele chegou falando em inglês (inglês com sotaque nordestino) e depois desculpou-se achando que éramos gringos... deve ser porque era o primeiro dia expostos ao sol e nossa cor ainda revelava um “bronzeado apático” branco feito leite... tipo Robert Pattison no filme da saga dos vampiros.

Navegamos pelas águas cristalinas de Carneiros por meio de um catamarã (um barco típico da região) e foi para mim um momento inesquecível, talvez o momento que mais pude sentir a cultura nordestina. Dei um jeitinho de sentar na proa do barco, com minha máquina fotográfica e ali tudo que eu olhava era lindo e encantador. Um céu azul refletido nas águas, uma faixa de coqueiro que demarcava toda a extensão da praia e águas cristalinas sendo cortadas pelo catamarã. Uma brisa gostosa aliviava o sol quente e músicas típicas eram tocadas, intensificando a energia boa daquele paraíso (a música que ouvia era de um cantor regional chamado Santana e a canção era Meu Cenário).
 
Orla de Carneiros!
 
Depois de um tempo na proa, precisei de sombra!

Passamos também pela igrejinha de São Benedito que foi construída no século XVIII. O nome Carneiros, segundo os guias turísticos é devido ao fato que o local era propriedade privada de uma família da região que tinha o sobrenome Carneiros. Segundo o que li por ai, a igreja continua sendo de propriedade particular e tem gente que chega a pagar R$ 12.000,00 para casar neste lugar inusitado. Se eu morasse por ali acho que iria com mais freqüência às missas, pois os degraus da igreja são a todo momento tocados pelas ondas do mar.
 
Igrejinha do século XVIII - R$ 12.000,00 para casar neste santuário!
 
Próximo ainda à igreja de São Benedito observamos no morro de Tamandaré um monumento que simboliza um momento histórico de 1654, onde travou-se a maior batalha entre portugueses e holandeses.
 

Morro de Tamandaré - monumento comemorativo da batalha de 1654 entre portugueses e holandeses

 
Outro atrativo natural são os poços de argila. No passeio de catamarã há parada obrigatória para quem quer comprovar os efeitos medicinais da lama que promete rejuvenescer a pele.
 
Poços de argila - promete rejuvenescer a pele: novas pernas - por favor!
 

Na praia de Carneiros ficamos na pousada que leva o mesmo nome e que também abriga o restaurante Arikindá. O melhor prato que comemos no nordeste foi nesta ocasião: um peixe grelhado, com arroz branco e uma salada que além dos ingredientes triviais trazia também pimentões amarelos e vermelhos... uma delícia!
 
Rico fugindo do sol no Restaurante Arikindá!
 
Comparando com os demais passeios, Carneiros tem a vantagem de ser um local longe da intervenção urbana, com paisagem que inclui até bancos de areia no alto mar. Lamentei por não ter ido ao lado leste da praia para conhecer as piscinas naturais, mas quem sabe isto um dia não será motivo para voltar!
 
 
 
 
Segunda-feira linda com trânsito!
 
Se quiser entrar na atmosfera do cenário de Pernambuco ouça a canção abaixo:
 
 
Está ai um lugar para você conhecer antes de morrer!

quinta-feira, 30 de maio de 2013

#007 - Conhecendo o Nordeste – parte I

Finalmente, eu estava tendo a oportunidade de planejar minhas férias, desta vez junto com o Rico e com a expectativa de fazermos uma viajem mais prolongada.

A princípio minha intenção era fazer uma viajem para o Chile, considerando a possibilidade de conhecer a neve e uma nova cultura, mas fomos informados por amigos que este período não teríamos esta experiência, pois o país começa a receber a neve em meados de junho e prossegue até início de setembro. Viajar em maio com esta pretensão seria um risco.

Então recorremos ao plano B, direcionei meus planos para o litoral nordestino, que eu ainda não conhecia. Temos vários amigos que já foram para Porto Seguro, Natal, Belém, Fortaleza, mas acabamos optando por iniciar nossa expedição nas águas do estado de Pernambuco.

Foi um mês dedicado a rastrear na internet blogs com dicas de passeios, informações sobre a região, detalhes de cada praia, etc. Adoro esta fase pré-viagem!, mas confesso que o que mais me ajudou a identificar a região foi o Google Earth. Dediquei um sábado inteirinho, explorando virtualmente cada espaço do mapa. Fiz minhas anotações para que pudéssemos aproveitar “do melhor” que a viagem pudesse nos oferecer.

Nosso destino, mais precisamente foi o município de Ipojuca, à 60km da capital Recife, município na qual está a badalada praia de Porto de Galinhas. Inicialmente eu acreditava que Porto de Galinhas era um município, mas conhecendo o local, descobri que trata-se de um povoado, cuja praia recebeu este nome devido ao tráfico de escravos. A estratégia usada era esconder os escravos embaixo dos engradados de galinha d´angola nos navios que chegavam da África. Durante o dia desembarcavam as galinhas e a noite, de forma clandestina, desembarcavam os escravos.
 

Praia de Porto de Galinhas, hoje transporte de turistas em jangadinhas, no passado porto
para desembargue do tráfico de escravos

Segundo os taxistas, Ipojuca possui 80.000 habitantes, mas pouco se percebe esta dimensão, pois o município possui suas áreas urbanas muito dispersas, são distritos ou povoados que se formaram próximos às áreas praianas.
 
Região vista do avião
 
Nos hospedamos na praia de Muro Alto, que fica 10km da Vila do Porto onde fica a famosa Porto de Galinhas. Na praia de Muro Alto, estão concentrados os vultuosos resorts, que há 10 anos impulsionam o crescimento turístico da região. Há quem diga que até Paul Mccartney se hospedou no surreal Nannai Resort. Ficamos é claro numa opção mais condizente com nossas possibilidades, mas sem abrir mão do conforto.

Ao chegar na cidade num domingo, fomos recepcionados pela Luck Receptivo (www.luckreceptivo.com.br) que nos ofereceu os seguintes passeios: City Tour Recife e Olinda, praias de Igarassu e Itamaracá, Praia dos Carneiros, Caruaru (Nova Jerusalém), Maragogi, Praias do Cabo e Jeep Ecológico.

Já tinha lido em alguns blogs que comprar os passeios pela agência não seria a opção mais econômica, mas a forma como apresentam os roteiros e a pressão comercial com que lhe oferecem acabam influenciando a adquirir os pacotes ali na horinha, no translado entre aeroporto e hotel. Pretendo colocar mais post sobre esta experiência, pois ficamos desapontados com algumas informações referentes aos passeios.

Neste post quero falar do início desta viagem, das belezas paradisíacas e da experiência que tivemos. Fomos bem recepcionados pelo hotel e rapidamente nos organizamos para conhecer a praia de Muro Alto. A paisagem é de papel de parede do computador: uma orla de coqueiros, céu e mar brigando pelo tom de azul mais bonito, águas morninhas e um arrecife que acompanha toda orla da praia, formando a morada de vários peixinhos ornamentais. Só vendo para acreditar que isto existe!!!
 
Praia de Muro Alto - Ipojuca-PE

Aquários ao ar livre!
 
Arrecifes

Muitos aquários!

Muito azul!
 
Depois de uma caminhada na praia, fomos comer e de repente já era noite. Digo para o Rico: “Acho que meu relógio parou! Que horas são?” e para nossa surpresa realmente era "17h30 da noite", mas o céu já estava repleto de estrelas e com uma linda lua azul!....
 
17h30 da noite em Porto de Galinhas

Lua azul!

A viagem começou assim, muito encantamento e muitas expectativas.... nos próximos post comentarei os passeios que fizemos e alguns aspectos da região, da cultura e das nossas percepções.
 
Saudações pernambucanas!

domingo, 10 de março de 2013

#006. Superando meus dias de Idade Média...

Foto tirada em setembro - lustre igreja Catedral

Meu blog está indo para um mês de atividade, ainda não divulguei este novo projeto para meu círculo de amigos, e ainda não estou preocupada em me inserir na comunidade de blogueiros. Estou conhecendo a ferramenta, suas possibilidades e ao mesmo tempo estou buscando auto-conhecimento.
 
Todos os dias ao acordar, costumo prestar atenção aos noticiários, nos comportamentos das pessoas e a detalhes mínimos do meu cotidiano, tentando sempre identificar a inspiração para desenrolar determinado assunto aqui. Tive dias que esta empolgação atrapalhou até meu sono, provendo uma energia revitalizante e prazerosa, pensando na infinidade de temas que eu poderia compartilhar.
 
Mas... eis que nas duas últimas semanas, percebi que as reações hormonais, nas quais nós mulheres somos submetidas mensalmente, acabam também refletindo em nossa produtividade mental. É como se eu estivesse rendida ao período da Idade Média (parafraseando meu marido), ou como denominaram os humanistas: a Idade das Trevas, uma época na qual, embora haja contradições, a humanidade rendeu-se a ruínas, à destruição, ao flagelo. Um período fortemente marcado por guerras, epidemias, desencadeando assim séculos com um desenvolvimento social moroso. 
 
Estes últimos dias até vivi coisas inusitadas, fui a São Paulo num desfile de moda junto ao meu trabalho, percorri a região também realizando visitas profissionais e também tive momentos de lazer, mas ao chegar a meu lar doce lar, minha única preocupação era fazer minhas tarefas essenciais para na seqüência repousar. 
 
Eu sei que estou exagerando, comparando meu cansaço à Idade das Trevas, mas sou uma pessoa que me cobro demais, e chegar em casa e me entregar a inércia é algo que não me deixa confortável. 
 
Neste aspecto chego à conclusão que o corpo realmente fala. No último domingo meu olho esquerdo lagrimejou o dia todo, impedindo meu passeio fotográfico, bem como me impediu de ler e de acessar a internet. Durante a semana foi a vez do meu estômago, implorando por uma alimentação mais regrada... 
 
Enfim, mais um fim de semana chegou e levou embora todo meu cansaço. Hora de animar, de colocar os projetos em dia. A vida segue.
 
Para finalizar quero compartilhar esta frase do filme Rocky Balboa, em uma das cenas o lutador diz: "Niguém baterá tão forte quanto a vida. Porém, não se trata de quão forte pode bater, se trata de quão forte pode ser atingido e continuar seguindo em frente. É assim que a vitória é conquistada."
 
Bom domingo! Viva o Iluminismo!

domingo, 24 de fevereiro de 2013

#005. O consumidor de hoje: mais do que produto quer história para contar!


Tenho lido muito nos últimos dias as tendências voltadas para o comércio varejista do Brasil e do mundo e tento no meu dia-a-dia, nos meus momentos de consumidora, identificar na prática as novas leis do mercado. Conquistar um consumidor, fazer dele um cliente real, ativo e fiel está cada vez mais desafiador para os lojistas. Nunca o desafio foi tão intenso. Hoje o ciclo de venda começa na maioria das vezes, da seguinte forma:

1)      Baseada em seus relacionamentos (seja do mundo real ou virtual) uma pessoa quer comprar determinado produto;

2)      Ao decidir pela compra, “62% das vezes” – segundo estatísticas oficiais, este cliente acessa um site de busca – (Google) digita o nome do produto procurado e sai garimpando informações sobre este (se está disponível em lojas virtuais, qual seu preço, condições de pagamentos, prazo para entrega, confiabilidade da marca etc) – vale colocar que muitas vezes o consumidor encontra todas estas informações com muita comodidade, basta alguns cliques e todas as dúvidas transformam-se em motivos que irão conduzir a decisão de compra;

3)      Alguns, munidos com estas informações, decidem ir a campo, a uma loja física – com fachada, vendedores e provadores. Se os atrativos da loja física superam as condições da internet a compra é realizada, caso contrário, a loja física serve apenas para que ele possa conferir os atributos físicos do produto e decida pela compra virtual (quem já não experimentou um tênis numa loja física e depois comprou na Netshoes?)

4)      Vamos traçar um desfecho otimista neste suposto ciclo de compra: a loja física agregou mais vantagem comercial: Compra efetivada pelo cliente! pagamento feito, produto embalado, nota fiscal emitida. Há um tempo a relação de consumo acaba aqui, a não ser nos casos de defeito e garantia, e outros serviços de pós-venda tradicionais. No entanto, hoje o consumidor chega em casa, tira foto do produto e compartilha em suas redes sociais. Na “vida real” conta para seus amigos à pesquisa que fez, ou da experiência que teve no ponto de venda.

5)      Experiência de compra publicada e compartilhada. Nas mídias sociais, se a história valer a pena o post ganha meia dúzia de “Curtir”, mas se algum momento a compra desagradou o cliente, o assunto vai ganhar mais notoriedade, outros consumidores insatisfeitos vão fazer questão de compartilhar suas frustrações, causando danos à reputação do fornecedor envolvido.

Por isto, novas práticas devem ser adotadas, como estar cada vez mais próximo do consumidor, promovendo relacionamento contínuo e novas experiências? Os estabelecimentos físicos devem investir em novos canais de venda, ampliar as técnicas de visual merchandising e trabalhar para oferecer ao cliente uma imagem admirada, positiva e respeitada pela sua comunidade de consumidores!

Para exemplificar as tendências acima, vou comentar sobre uma experiência “super bem-sucedida” que tive no comércio local da minha cidade.

Foi convidada por uma amiga empreendedora, a conhecer sua loja recém inaugurada, especializada em produtos específicos para o hábito de cozinhar. Eu que, literalmente, pago para ficar longe de um fogão, fui conhecer a proposta do convite, pois adoro quebrar a rotina.

No ponto de venda, além da oportunidade de conhecer os produtos e o ambiente da loja, foi realizado um festival gastronômico com receitas preparadas por pessoas muito especiais ligadas a gastronomia local. Um ambiente muito acolhedor, com a sensação de que realmente estávamos à cozinha entre amigos, conversando sobre receitas, sobre idéias, sobre como os produtos podem fazer uma refeição tornar-se mais atrativa.

A finalidade do evento, acredito que era realmente esta, proporcionar aos novos e potenciais clientes a possibilidade de agregar experiência por meio dos produtos ali comercializados, bem como demonstrar com requinte os talentos gastronômicos que temos em nossa cidade. Uma iniciativa fantástica que torço para que prospere e que ganhe forças regionais.

Meus sinceros parabéns aos idealizadores e contem comigo nos próximos encontros!

Fica a reflexão final: “o consumidor não quer apenas comprar um produto, ele quer viver coisas inusitadas, que o afastem das coisas comuns, quer viver uma nova experiência que possa ser compartilhada com seus amigos, de forma que atender o cliente não é apenas ter o produto certo, no local certo, no preço certo. O consumidor quer história para contar!”

Bons negócios e ou boas compras!

domingo, 17 de fevereiro de 2013

#004 - Sábado chuvoso ao som de Al Green

Já dizia a canção do Cidade Negra, sábado é o dia que todo mundo sonha em ter uma vida boa. São como pílulas de férias para combater os efeitos da rotina. É o dia que a gente se dá o direito de viver bem e de cometer alguns excessos: dormir mais, comer mais, divertir-se mais.

Estou revendo meus conceitos do que quero viver aos finais de semana. Já tive épocas onde o sábado era dia de brincar, dia de jogar basquete, dia de expectativa, dia de festa, dia de namorar, dia de estudo, dia de limpar a casa e em tempo não muito distante, sábado era dia de comprar!

Estou caminhando para uma fase mais centrada da vida, procurando o bom senso nas minhas atitudes. Depois dos 30, você começa a ver que “mais” na verdade é “menos”! Compartilho com meus amigos que até os 30 anos você está subindo a escalada ao topo de uma montanha, e desta forma, na minha atual fase vejo que estou lá: bem em cima desta montanha e quero admirar muito esta paisagem antes de começar a descida.

Querer às vezes não é poder, acho que estou numa fase transitória - ainda não me adaptei ... em alguns momentos surge uma ansiedade por querer fazer tantas coisas que o resultado acaba sendo uma melancolia total.  

Para fugir da inércia, procuro fazer atividades cotidianas, mas que possam me proporcionar prazer como ler, me cuidar um pouquinho ou simplesmente jogar conversa fora. Adoro sábados de sol onde posso sair cedinho e conhecer novos lugares ou sábados que posso me reunir com amigos para comemorar qualquer motivo que seja.

Ontem não tinha nada disto programado e para quebrar o ócio combinei uma caminhada com a Cris. Eis que o combinado teve o mesmo efeito da dança da chuva. Bastou calçar meu tênis para ver os cinqüentas tons de cinza se formando no céu! Muita água....que literalmente “melou a caminhada”.

Mas sem problemas, o que não molha, engorda! Fomos tomar cappuccino e comer bolo de cenoura com chocolate.  Colocamos o papo em dia sobre os acontecimentos da semana e discutimos questões relacionadas com a responsabilidade social das empresas. Um  momento bem cult e revitalizante!

Cheguei em casa e tive a oportunidade de rever alguns trechos do filme “O Livro de Eli” com Denzel Washington lançado em 2010. O filme aborda questões quanto à religião, retrata um mundo pós-apocalíptico, onde a humanidade vive do que sobrou de uma guerra que causou a devastação da civilização. Neste mundo, resta apenas um exemplar da bíblia sagrada que passa ser alvo da tirania, da briga entre os homens pelo poder do discurso junto às massas.

Não vou me adentrar no filme neste post, mas como tema musical do meu sábado chuvoso quero compartilhar a trilha sonora do filme: How can you mend a broken heart? – uma canção de Al Green.
 

Um doce momento ouvir esta canção!
 

 

sábado, 16 de fevereiro de 2013

#003 - Livro: A Menina do Vale




Uma das minhas últimas aquisições foi um livro de Empreendedorismo, com o tema A Menina do Vale de Bel Pesce. Confesso que foi uma compra de impulso – não tive nenhuma indicação do livro, mas vagamente me lembrava da capa. Devo simplesmente ter visto a imagem do livro em alguma revista.
 
Acredito que, o que fisgou minha atenção, foi o fato do livro ter sido escrito por uma mulher, ou melhor por “uma menina”, como o próprio livro intitula. A proposta do tema, a identidade gráfica e até mesmo as cores do livro me deixaram atraída e curiosa.
 
Comprei o livro em Campinas na Fnac e cheguei em casa duas horas depois. Rapidamente me organizei para iniciar minha “sessão bem-estar”. Abri a embalagem da livraria, peguei o livro (para quem não gosta de ler, ele é bem atrativo tem apenas 158 páginas), folhei rapidamente as páginas, achei uma caneta para minhas anotações e comecei a me inteirar das palavras e da experiência relatada pela autora.
 
Bel Pesce é realmente muito inspiradora. É brasileira, tem apenas 24 anos e está lá: em Palo Alto – Califórnia, vivendo bem ali no Vale do Silício, onde concentram as mega empresas de tecnologia. Bel representa muito daquilo que no passado eu queria ser quando crescesse. Estudou no MIT (Massachussetts Institute of Technology), trabalhou no Google e na Microsoft, fez cursos de engenharia, administração, matemática e hoje está focada no mercado de startups (empresas de pequeno porte, recém-criadas, com ênfase na área de tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, com otimização de custos e com um modelo de negócio sustentável).
 
No livro, Bel Pesce coloca de forma extremamente prática e humilde sua visão sobre o empreendedorismo. É sem dúvida uma leitura muito indicada para jovens que demonstram interesse em abrir seu próprio empreendimento ou mesmo para àqueles que querem ter uma orientação vocacional sobre carreiras profissionais.
 
Logo nas primeiras páginas a gente se depara com uma leitura contagiante, situações a princípio bem banais, mas pelo fato de me identificar com o assunto, cada capítulo foi me proporcionando uma sensação muito energizante.
 
Longe de conceitos técnicos, a leitura propicia conhecer com pragmatismo algumas atitudes empreendedoras, bem como a autora compartilha suas percepções quanto a exemplos de empreendedores de sucesso, livros que já leu, blogs que acessa e até mesmo músicas que a motivam.
 
O melhor de tudo é que o livro está disponível on-line e de forma gratuita. Na verdade, uma versão eletrônica do livro foi o embrião da edição impressa na qual eu adquiri.
 
Para fazer o download do livro, acesse: www.ameninadovale.com - a obra está licenciada sob Creative Commons.
 
E, para conhecer mais Bel Pesce acesse https://www.facebook.com/caderninhodabel. Além do livro, no Facebook a autora compartilha diversos vídeos sobre aprendizados do dia-a-dia. 
 
Fica a dica para jovens empreendedores!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

#002 – Carnaval: 4 dias para se fazer muitas coisas


Sou uma pessoa que não tem muita história para contar sobre o carnaval, principalmente na minha fase 3.2 (já tenho 32 anos!). Quando criança, me recordo das fantasias que minha mãe fazia ou pegava emprestada para me levar nos clubes da cidade. Desconheço o motivo, mas na época, eu não tinha nenhuma afinidade com esta data comemorativa. Gostava apenas de ver a criatividade das fantasias e o poder de transformação delas.

Mais tarde na adolescência, a possibilidade de festejar 4 dias era um grande atrativo, mas tive sempre de me contentar apenas com as matinês no domingo a tarde. Enfrentar a jornada de 4 dias e 3 noites de festa não era algo permitido dentro dos costumes na qual fui criada.

Desta forma, sempre encarei o Carnaval como uma época para descansar, ler bons livros e cultivar o convívio familiar.

Neste Carnaval fiz coisas que gosto muito. Reunimos à família no domingão e comemoramos a data com um churrasco, “regado” à lasanha da Tia Ana, batatas com lingüiça calabresa (invenção minha e compartilhada com Eurico – meu marido, que acabou tomando posse da receita), salada de atum e de sobremesa o esperado bolo recheado com abacaxi! (Não registrei o momento, mas no próximo encontro farei um post exclusivo sobre os almoços familiares).

Na segunda-feira deixei aflorar meu lado urbano e consumista: levamos meus pais aos shoppings da cidade de Campinas e como sempre não pude deixar de passar nas livrarias “garimpando” por alguns livros da minha lista de desejos. Como eu amo livrarias! Se o paraíso for do jeito que a gente quer, a minha morada na outra vida vai ser dentro da Livraria Cultura! (risos) não vejo melhor lugar no universo para passar a eternidade....!

Para meu deleite, comprei livros com ênfase no empreendedorismo, pensando hoje na minha atuação profissional, como também comprei um livro de finanças, reconhecendo que preciso rever conceitos aprendidos somente na minha faculdade e que hoje precisam fazer parte do meu repertório.

Na terça-feira, fiz o oposto – sou uma pessoa extremista. Após um dia imersa às tentações do consumismo, me refugiei para o campo com minha máquina fotográfica. Mais do que registrar a paisagem fui me reencontrar com as coisas simples da vida, como comer goiaba caipira, molhas os pés na cachoeira e ouvir o cantarolar da galinha d´angola.
 
 
Em pleno contato com a natureza

 
Fazenda Mamonal em São João da Boa Vista

 
Fazenda Mamonal em São João da Boa Vista

 
Fabiana Bredas acompanhando as fotos 

 
Observando a paisagem

 
Olhar 43 do gato que reside na casa do Mamonal
 

Bons momentos, boas companhias e história para contar. Se for verdade que o Brasil só começa depois do Carnaval estou preparadíssima para recomeçar!

#001 - Minha “DolceVita”


 

Todo ano que se iniciava, estava lá entre minhas tarefas a proposta de criar um blog. Adoro ler e adoro encontrar na internet coisas inspiradoras, textos e exemplos de pessoas que acabam renovando nossa rotina e ampliando nosso ponto de vista sobre as vivências no cotidiano.
 
Eu realmente sou apaixonada pelas possibilidades que a internet nos agrega por meio das novas formas de comunicação. Seja uma dica de como organizar a casa, seja um estudo que posso aplicar no meu trabalho, ou simplesmente uma nova experiência comentada por um anônimo... (vale aqui até a dica de uma nova maquiagem) tudo isto me atrai muito J. Passo horas garimpando a informação de que eu realmente preciso e quando a encontro leio, grifo, compartilho e procuro aplicar na tentativa sempre de me aperfeiçoar como pessoa.  

Em 2009 iniciei um blog neste mesmo espaço, se recordo bem chamava-se “Letra&Mensagem” – e analisando agora, vejo que o nome não era nada promissor.  

Na época meu único objetivo era comentar um pouquinho da minha experiência profissional. Meu blog tinha como escopo registrar fatos que de alguma forma poderiam contribuir com aspectos do mundo corporativo. Trazia alguns conceitos de marketing, segundo minha interpretação, e meu ponto de vista sobre pequenas experiências vividas no ambiente empresarial (textos bem restritos e com aplicação apenas no trabalho).
 
Esta tentativa não foi uma experiência bem-sucedida. Confesso que não tive disciplina para administrar as atividades que eram necessárias para manter o blog. Não consegui postar mais do que 5 publicações. Sempre que retomava ficava pensando nos motivos que me fizeram deixar de escrever e o que era para ser uma atividade prazerosa acabou se tornando mais um motivo para minha auto-crítica.

Ainda nesta época iniciei uma pós-graduação na área de comunicação e meu tempo livre para o blog foi substituído pelos afazeres da vida acadêmica.

Alguns anos se passaram e novamente estou aqui tentando explorar as capacidades do mundo virtual, mas agora tenho uma proposta diferente!

O “DolceVita” é canal de comunicação na qual quero que seja um local onde eu possa compartilhar minhas experiências, conhecer novas pessoas, novas culturas e registrar fatos e conhecimentos que podem trazer pequenas transformações na vida de quem o lê. É o cantinho na qual quero compartilhar coisas que vivo, que aprendo e que sinto....

Seja muito bem-vindo(a)!!!