domingo, 24 de fevereiro de 2013

#005. O consumidor de hoje: mais do que produto quer história para contar!


Tenho lido muito nos últimos dias as tendências voltadas para o comércio varejista do Brasil e do mundo e tento no meu dia-a-dia, nos meus momentos de consumidora, identificar na prática as novas leis do mercado. Conquistar um consumidor, fazer dele um cliente real, ativo e fiel está cada vez mais desafiador para os lojistas. Nunca o desafio foi tão intenso. Hoje o ciclo de venda começa na maioria das vezes, da seguinte forma:

1)      Baseada em seus relacionamentos (seja do mundo real ou virtual) uma pessoa quer comprar determinado produto;

2)      Ao decidir pela compra, “62% das vezes” – segundo estatísticas oficiais, este cliente acessa um site de busca – (Google) digita o nome do produto procurado e sai garimpando informações sobre este (se está disponível em lojas virtuais, qual seu preço, condições de pagamentos, prazo para entrega, confiabilidade da marca etc) – vale colocar que muitas vezes o consumidor encontra todas estas informações com muita comodidade, basta alguns cliques e todas as dúvidas transformam-se em motivos que irão conduzir a decisão de compra;

3)      Alguns, munidos com estas informações, decidem ir a campo, a uma loja física – com fachada, vendedores e provadores. Se os atrativos da loja física superam as condições da internet a compra é realizada, caso contrário, a loja física serve apenas para que ele possa conferir os atributos físicos do produto e decida pela compra virtual (quem já não experimentou um tênis numa loja física e depois comprou na Netshoes?)

4)      Vamos traçar um desfecho otimista neste suposto ciclo de compra: a loja física agregou mais vantagem comercial: Compra efetivada pelo cliente! pagamento feito, produto embalado, nota fiscal emitida. Há um tempo a relação de consumo acaba aqui, a não ser nos casos de defeito e garantia, e outros serviços de pós-venda tradicionais. No entanto, hoje o consumidor chega em casa, tira foto do produto e compartilha em suas redes sociais. Na “vida real” conta para seus amigos à pesquisa que fez, ou da experiência que teve no ponto de venda.

5)      Experiência de compra publicada e compartilhada. Nas mídias sociais, se a história valer a pena o post ganha meia dúzia de “Curtir”, mas se algum momento a compra desagradou o cliente, o assunto vai ganhar mais notoriedade, outros consumidores insatisfeitos vão fazer questão de compartilhar suas frustrações, causando danos à reputação do fornecedor envolvido.

Por isto, novas práticas devem ser adotadas, como estar cada vez mais próximo do consumidor, promovendo relacionamento contínuo e novas experiências? Os estabelecimentos físicos devem investir em novos canais de venda, ampliar as técnicas de visual merchandising e trabalhar para oferecer ao cliente uma imagem admirada, positiva e respeitada pela sua comunidade de consumidores!

Para exemplificar as tendências acima, vou comentar sobre uma experiência “super bem-sucedida” que tive no comércio local da minha cidade.

Foi convidada por uma amiga empreendedora, a conhecer sua loja recém inaugurada, especializada em produtos específicos para o hábito de cozinhar. Eu que, literalmente, pago para ficar longe de um fogão, fui conhecer a proposta do convite, pois adoro quebrar a rotina.

No ponto de venda, além da oportunidade de conhecer os produtos e o ambiente da loja, foi realizado um festival gastronômico com receitas preparadas por pessoas muito especiais ligadas a gastronomia local. Um ambiente muito acolhedor, com a sensação de que realmente estávamos à cozinha entre amigos, conversando sobre receitas, sobre idéias, sobre como os produtos podem fazer uma refeição tornar-se mais atrativa.

A finalidade do evento, acredito que era realmente esta, proporcionar aos novos e potenciais clientes a possibilidade de agregar experiência por meio dos produtos ali comercializados, bem como demonstrar com requinte os talentos gastronômicos que temos em nossa cidade. Uma iniciativa fantástica que torço para que prospere e que ganhe forças regionais.

Meus sinceros parabéns aos idealizadores e contem comigo nos próximos encontros!

Fica a reflexão final: “o consumidor não quer apenas comprar um produto, ele quer viver coisas inusitadas, que o afastem das coisas comuns, quer viver uma nova experiência que possa ser compartilhada com seus amigos, de forma que atender o cliente não é apenas ter o produto certo, no local certo, no preço certo. O consumidor quer história para contar!”

Bons negócios e ou boas compras!

domingo, 17 de fevereiro de 2013

#004 - Sábado chuvoso ao som de Al Green

Já dizia a canção do Cidade Negra, sábado é o dia que todo mundo sonha em ter uma vida boa. São como pílulas de férias para combater os efeitos da rotina. É o dia que a gente se dá o direito de viver bem e de cometer alguns excessos: dormir mais, comer mais, divertir-se mais.

Estou revendo meus conceitos do que quero viver aos finais de semana. Já tive épocas onde o sábado era dia de brincar, dia de jogar basquete, dia de expectativa, dia de festa, dia de namorar, dia de estudo, dia de limpar a casa e em tempo não muito distante, sábado era dia de comprar!

Estou caminhando para uma fase mais centrada da vida, procurando o bom senso nas minhas atitudes. Depois dos 30, você começa a ver que “mais” na verdade é “menos”! Compartilho com meus amigos que até os 30 anos você está subindo a escalada ao topo de uma montanha, e desta forma, na minha atual fase vejo que estou lá: bem em cima desta montanha e quero admirar muito esta paisagem antes de começar a descida.

Querer às vezes não é poder, acho que estou numa fase transitória - ainda não me adaptei ... em alguns momentos surge uma ansiedade por querer fazer tantas coisas que o resultado acaba sendo uma melancolia total.  

Para fugir da inércia, procuro fazer atividades cotidianas, mas que possam me proporcionar prazer como ler, me cuidar um pouquinho ou simplesmente jogar conversa fora. Adoro sábados de sol onde posso sair cedinho e conhecer novos lugares ou sábados que posso me reunir com amigos para comemorar qualquer motivo que seja.

Ontem não tinha nada disto programado e para quebrar o ócio combinei uma caminhada com a Cris. Eis que o combinado teve o mesmo efeito da dança da chuva. Bastou calçar meu tênis para ver os cinqüentas tons de cinza se formando no céu! Muita água....que literalmente “melou a caminhada”.

Mas sem problemas, o que não molha, engorda! Fomos tomar cappuccino e comer bolo de cenoura com chocolate.  Colocamos o papo em dia sobre os acontecimentos da semana e discutimos questões relacionadas com a responsabilidade social das empresas. Um  momento bem cult e revitalizante!

Cheguei em casa e tive a oportunidade de rever alguns trechos do filme “O Livro de Eli” com Denzel Washington lançado em 2010. O filme aborda questões quanto à religião, retrata um mundo pós-apocalíptico, onde a humanidade vive do que sobrou de uma guerra que causou a devastação da civilização. Neste mundo, resta apenas um exemplar da bíblia sagrada que passa ser alvo da tirania, da briga entre os homens pelo poder do discurso junto às massas.

Não vou me adentrar no filme neste post, mas como tema musical do meu sábado chuvoso quero compartilhar a trilha sonora do filme: How can you mend a broken heart? – uma canção de Al Green.
 

Um doce momento ouvir esta canção!
 

 

sábado, 16 de fevereiro de 2013

#003 - Livro: A Menina do Vale




Uma das minhas últimas aquisições foi um livro de Empreendedorismo, com o tema A Menina do Vale de Bel Pesce. Confesso que foi uma compra de impulso – não tive nenhuma indicação do livro, mas vagamente me lembrava da capa. Devo simplesmente ter visto a imagem do livro em alguma revista.
 
Acredito que, o que fisgou minha atenção, foi o fato do livro ter sido escrito por uma mulher, ou melhor por “uma menina”, como o próprio livro intitula. A proposta do tema, a identidade gráfica e até mesmo as cores do livro me deixaram atraída e curiosa.
 
Comprei o livro em Campinas na Fnac e cheguei em casa duas horas depois. Rapidamente me organizei para iniciar minha “sessão bem-estar”. Abri a embalagem da livraria, peguei o livro (para quem não gosta de ler, ele é bem atrativo tem apenas 158 páginas), folhei rapidamente as páginas, achei uma caneta para minhas anotações e comecei a me inteirar das palavras e da experiência relatada pela autora.
 
Bel Pesce é realmente muito inspiradora. É brasileira, tem apenas 24 anos e está lá: em Palo Alto – Califórnia, vivendo bem ali no Vale do Silício, onde concentram as mega empresas de tecnologia. Bel representa muito daquilo que no passado eu queria ser quando crescesse. Estudou no MIT (Massachussetts Institute of Technology), trabalhou no Google e na Microsoft, fez cursos de engenharia, administração, matemática e hoje está focada no mercado de startups (empresas de pequeno porte, recém-criadas, com ênfase na área de tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, com otimização de custos e com um modelo de negócio sustentável).
 
No livro, Bel Pesce coloca de forma extremamente prática e humilde sua visão sobre o empreendedorismo. É sem dúvida uma leitura muito indicada para jovens que demonstram interesse em abrir seu próprio empreendimento ou mesmo para àqueles que querem ter uma orientação vocacional sobre carreiras profissionais.
 
Logo nas primeiras páginas a gente se depara com uma leitura contagiante, situações a princípio bem banais, mas pelo fato de me identificar com o assunto, cada capítulo foi me proporcionando uma sensação muito energizante.
 
Longe de conceitos técnicos, a leitura propicia conhecer com pragmatismo algumas atitudes empreendedoras, bem como a autora compartilha suas percepções quanto a exemplos de empreendedores de sucesso, livros que já leu, blogs que acessa e até mesmo músicas que a motivam.
 
O melhor de tudo é que o livro está disponível on-line e de forma gratuita. Na verdade, uma versão eletrônica do livro foi o embrião da edição impressa na qual eu adquiri.
 
Para fazer o download do livro, acesse: www.ameninadovale.com - a obra está licenciada sob Creative Commons.
 
E, para conhecer mais Bel Pesce acesse https://www.facebook.com/caderninhodabel. Além do livro, no Facebook a autora compartilha diversos vídeos sobre aprendizados do dia-a-dia. 
 
Fica a dica para jovens empreendedores!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

#002 – Carnaval: 4 dias para se fazer muitas coisas


Sou uma pessoa que não tem muita história para contar sobre o carnaval, principalmente na minha fase 3.2 (já tenho 32 anos!). Quando criança, me recordo das fantasias que minha mãe fazia ou pegava emprestada para me levar nos clubes da cidade. Desconheço o motivo, mas na época, eu não tinha nenhuma afinidade com esta data comemorativa. Gostava apenas de ver a criatividade das fantasias e o poder de transformação delas.

Mais tarde na adolescência, a possibilidade de festejar 4 dias era um grande atrativo, mas tive sempre de me contentar apenas com as matinês no domingo a tarde. Enfrentar a jornada de 4 dias e 3 noites de festa não era algo permitido dentro dos costumes na qual fui criada.

Desta forma, sempre encarei o Carnaval como uma época para descansar, ler bons livros e cultivar o convívio familiar.

Neste Carnaval fiz coisas que gosto muito. Reunimos à família no domingão e comemoramos a data com um churrasco, “regado” à lasanha da Tia Ana, batatas com lingüiça calabresa (invenção minha e compartilhada com Eurico – meu marido, que acabou tomando posse da receita), salada de atum e de sobremesa o esperado bolo recheado com abacaxi! (Não registrei o momento, mas no próximo encontro farei um post exclusivo sobre os almoços familiares).

Na segunda-feira deixei aflorar meu lado urbano e consumista: levamos meus pais aos shoppings da cidade de Campinas e como sempre não pude deixar de passar nas livrarias “garimpando” por alguns livros da minha lista de desejos. Como eu amo livrarias! Se o paraíso for do jeito que a gente quer, a minha morada na outra vida vai ser dentro da Livraria Cultura! (risos) não vejo melhor lugar no universo para passar a eternidade....!

Para meu deleite, comprei livros com ênfase no empreendedorismo, pensando hoje na minha atuação profissional, como também comprei um livro de finanças, reconhecendo que preciso rever conceitos aprendidos somente na minha faculdade e que hoje precisam fazer parte do meu repertório.

Na terça-feira, fiz o oposto – sou uma pessoa extremista. Após um dia imersa às tentações do consumismo, me refugiei para o campo com minha máquina fotográfica. Mais do que registrar a paisagem fui me reencontrar com as coisas simples da vida, como comer goiaba caipira, molhas os pés na cachoeira e ouvir o cantarolar da galinha d´angola.
 
 
Em pleno contato com a natureza

 
Fazenda Mamonal em São João da Boa Vista

 
Fazenda Mamonal em São João da Boa Vista

 
Fabiana Bredas acompanhando as fotos 

 
Observando a paisagem

 
Olhar 43 do gato que reside na casa do Mamonal
 

Bons momentos, boas companhias e história para contar. Se for verdade que o Brasil só começa depois do Carnaval estou preparadíssima para recomeçar!

#001 - Minha “DolceVita”


 

Todo ano que se iniciava, estava lá entre minhas tarefas a proposta de criar um blog. Adoro ler e adoro encontrar na internet coisas inspiradoras, textos e exemplos de pessoas que acabam renovando nossa rotina e ampliando nosso ponto de vista sobre as vivências no cotidiano.
 
Eu realmente sou apaixonada pelas possibilidades que a internet nos agrega por meio das novas formas de comunicação. Seja uma dica de como organizar a casa, seja um estudo que posso aplicar no meu trabalho, ou simplesmente uma nova experiência comentada por um anônimo... (vale aqui até a dica de uma nova maquiagem) tudo isto me atrai muito J. Passo horas garimpando a informação de que eu realmente preciso e quando a encontro leio, grifo, compartilho e procuro aplicar na tentativa sempre de me aperfeiçoar como pessoa.  

Em 2009 iniciei um blog neste mesmo espaço, se recordo bem chamava-se “Letra&Mensagem” – e analisando agora, vejo que o nome não era nada promissor.  

Na época meu único objetivo era comentar um pouquinho da minha experiência profissional. Meu blog tinha como escopo registrar fatos que de alguma forma poderiam contribuir com aspectos do mundo corporativo. Trazia alguns conceitos de marketing, segundo minha interpretação, e meu ponto de vista sobre pequenas experiências vividas no ambiente empresarial (textos bem restritos e com aplicação apenas no trabalho).
 
Esta tentativa não foi uma experiência bem-sucedida. Confesso que não tive disciplina para administrar as atividades que eram necessárias para manter o blog. Não consegui postar mais do que 5 publicações. Sempre que retomava ficava pensando nos motivos que me fizeram deixar de escrever e o que era para ser uma atividade prazerosa acabou se tornando mais um motivo para minha auto-crítica.

Ainda nesta época iniciei uma pós-graduação na área de comunicação e meu tempo livre para o blog foi substituído pelos afazeres da vida acadêmica.

Alguns anos se passaram e novamente estou aqui tentando explorar as capacidades do mundo virtual, mas agora tenho uma proposta diferente!

O “DolceVita” é canal de comunicação na qual quero que seja um local onde eu possa compartilhar minhas experiências, conhecer novas pessoas, novas culturas e registrar fatos e conhecimentos que podem trazer pequenas transformações na vida de quem o lê. É o cantinho na qual quero compartilhar coisas que vivo, que aprendo e que sinto....

Seja muito bem-vindo(a)!!!